segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sétimo dia...

Antes dos muros


essa gente corria feito bicho,

pulava cerca invadia pasto alheio,

mas não tinha cerca, não tinha pasto;

ninguém tinha nada porque tudo era de todo mundo.

Antes dos muros, homem nenhum era cego,

ninguém tinha fome e nem dinheiro pra comprar comida,

ninguém vendia nada,

era tudo de todo mundo.

Antes dos muros

essa gente era gente de verdade

igual bicho mesmo, sabe!

tinha espírito, tinha amor

tinha menos sangue nas mãos

antes dos muros

essa gente tinha tudo...

e nem sabia.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Sexto dia....

Pela segunda vez cheguei ao extremo


Me vi na obrigação de escrever-te um soneto

Mas não deu,

Minha mente insiste em repudiar a métrica

Eu odeio sonetos e afinal de contas

Você não merece tantas palavras assim;

Por fim, decidi dedicar-lhe apenas um poema,

Métrica simples, quase indetectável,

Uma rima aqui e outra ali,

Algumas palavras bonitas

E outras ásperas

Pra equilibrar essa explosão de sentimentos controversos

Que tanto expresso em meus versos

Mas, por Deus! Também não deu.

Peguei o caderno, lápis e borracha,

E quando fui escrever,

Me faltaram palavras,

Sentimentos.

Lamento,

Acho que não sinto,

Mais nada por você.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quinto dia....

A vida passa,


passa sempre,

passam passos, pessoas, poeira...

Tudo passa,

Todos passam,

Passam por mim, por você e por nada.

Apenas passam...

Passam correndo, sempre apressados

Irritados com o clima, com o tempo, com a falta de tempo

E comigo, que aqui sentado vejo tudo acontecer.

As pessoas...apenas passam para lá e para cá,

Sem motivo nem sentido.

Apenas passam numa rotina impensada, programada por sabe-se lá quem,

E o piór é que muitos nunca chegam a lugar algum....





As coisas são assim por que nasceram assim mesmo...pelo amor de Deus meu filho, tenha algum respeito.......não deixe o sistema nervoso!!!!!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quarto dia...

Andei meio preocupado com as coisas do mundo e de repente me ví perdido, paralizado no meio do nada entre coisas sem sentido que só nós poderíamos entender...desde então, tento me parder todos os dias.


 
 
 
 
 
Solfazia...                                                                                              ...Sentido...
                                                ...Só não fazia...

Terceiro dia...

segundo dia...

Adoro sentir o cheiro do seu corpo nú

Buscando abrigo em meu peito,

Rasgando-me a roupa.

Adoro sentir o calor da sua pele,

Ao me embriagar com seu veneno.

Seu toque sutil e delicado de embriaguês é o que mais me atrai.

Respiro cada vez mais fundo

E você penetra a minha mente sem pudor,

Sem medo, do que possa encontrar.

E é isso o que me agrada:

Tua falta pudor e vergonha na cara,

Este beijo febril e desesperado

O desejo que expressas só

No meu olhar.

Primeiro dia...

Ás vezes crio versos só pra te impressionar mas, és tão distraída querida, que nem isso consegues notar...